quinta-feira, 19 de julho de 2018

"Capi acabou com a escravidão do povo da floresta", afirma castanheiro Zé Félix do Cajari

Capi conversa com castanheiro Zé Feliz de Água Branca do Cajari (Foto: Gilmar Pureza)
Zé Félix, tem 77 anos, é agricultor e durante muitos anos viveu da extração da castanha, mora com a esposa, dona Cecília, a dois quilômetros da Água Branca do Cajari, no ramal Boca do Braço. 

Conheceu João Capiberibe na década de 80. Um castanheiro e o outro secretário de Agricultura do Governo do Amapá. “Esse homem tirou a gente da escravidão”, declarou Félix ao reencontrar o amigo, cuja amizade tem mais de 30 anos.

Os dois se viram neste fim de semana, quando o senador Capiberibe retornava de Laranjal do Jari. Ao ver o carro parado no ramal, Zé Félix ficou meio assustado. Mas, logo falou: “É tu Capi” e os dois se abraçaram. Homens de realidades diferentes, que em comum têm o amor pela floresta.

Falante e sorridente, o castanheiro foi logo dizendo que Capi tinha os livrado de escravidão. “Antes nossa castanha não tinha valor. Era difícil até vender e quando vendia era pro atravessador, que pagava o que queria. Até que um dia ele apareceu por aqui e prometeu mudar tudo isso. Claro, que ninguém acreditou. Como isso seria possível? Então, um mês depois, já tinha um trator abrindo esse ramal. Depois, ele comprou um barco, que pegava nossa castanha e levava para vender em Santana e Macapá. Foi como se tivesse nos libertado da escravidão”, lembrou Félix.

"E como tu conheceu a Cecília?", perguntou o senador. 

Rindo, Zé Félix lembrou da época que João Capiberibe foi governador do Amapá e promoveu o programa Visão para Todos. “Eu estava cego, devido a catarata, e um grupo de pessoas de Vitória e Laranjal do Jari foi em um ônibus para fazer os exames e a cirurgia. Ficamos no Ginásio Avertino Ramos. A Cecília estava neste grupo, mas não a conhecia. Começamos a conversar depois da cirurgia, quando a visão voltou. Aí, conversa vai, conversa vem, e no retorno pro Jari já viemos casados”, lembrou.

Zé Félix disse que Capiberibe faz parte da sua vida em dois grandes momentos. Primeiro com a construção do ramal e o barco, depois com a cirurgia, que lhe trouxe a visão e um novo amor. “Quem conhece o Capi sabe que o amor dele por esse Estado é verdadeiro. Afinal, o que ele ganha ao entrar nesse ramal para ver um velho castanheiro?”, questionou.

O senador Capiberibe se despediu do amigo e dentro do carro comentou: "Ele não sabe mas é esse abraço que renova a força e nos faz seguir em frente”. (Paulo Ronaldo)

terça-feira, 17 de abril de 2018

Coronel versus governador na frente do capa preta

O coronel Barbosa, ex-comandante da PM, sentou na frente do capa preta para resolver querelas e embates políticos que tem travado nas redes contra o governador Waldez Góes (PDT). Barbosinha como é conhecido carinhosamente na roda de amigos, tem atirado de forma certeira e esclarecido a tropa sobre a falta de apoio e valorização por parte do governador, que não anda muito bem avaliado entre os militares. A PM historicamente é mais yellow que blue!

Faca na caveira!

Barbosinha não arregou diante do seu comandante máximo e muito menos pediu pra sair! Não foi curso pra caveira, mas passou incólume no treinamento do capa preta, imposto por Waldez Góes.

O governador processa judicialmente Barbosa nos tribunais por conta do seu dedo em riste nas redes sociais, sempre na defesa da tropa e dos servidores que amargam parcelamento de salários, perdas salarias, ao mesmo tempo que são obrigados a enfrentar uma onda de violência da maior crise da história recente da Segurança Pública, que coloca o Amapá como o 5º estado mais violento da federação.

Parece que é Waldez quem vai ter que pedir pra sair!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Crise na Segurança: Capiberibe quer que PF investigue onda de execuções no Amapá

Senador Capiberibe informou que acionará Ministério da Justiça para que a Polícia Federal investigue a onda de execuções em série no Amapá, que tem amedrontado a população. Diversas vítimas da onda de violência são jovens de periferia sem escandecentes criminais.
No site http://mzportal.com.br/?p=29555

O número de execuções no Amapá se tornou corriqueiro e pouco são as respostas do setor de segurança pública para os crimes. 

Na noite da última segunda-feira, 22, foram registradas quatro mortes, em Macapá, com características de execução. Diante da situação que tem deixado em pânico a população do Estado, o senador João Capiberibe anunciou nesta quarta-feira, 24, durante entrevista ao programa radiofônico Ponto da Pauta, que ele irá acionar o Ministério da Justiça para investigar os casos.

“Eu estou preparando um documento ao Ministério da Justiça, para que o órgão determine uma investigação para que possamos conhecer as causas. A gente só combate à doença quando a gente tem um diagnóstico preciso”, disse Capiberibe ao cobrar do governador Waldez Góes (PDT) e do secretário de segurança Ericláudio Alencar uma política clara para o setor.

“A sociedade está amedrontada. As ruas estão desertas, as praças estão desertas por que as pessoas têm medo de sair nas ruas. E esse problema tem solução. A sociedade está disposta a ajudar para construir uma solução. Mas, é preciso que as autoridades responsáveis pela segurança do cidadão chamem os parlamentares, nos convoque para debater o tema. Eu mesmo tenho proposta na área da segurança pública para juntarmos o aparato de segurança em conjunto com a sociedade”, disse Capiberibe ao se colocar à disposição do governador Waldez Góes e do secretário de segurança do Estado, Ericláudio Alencar, para debater e encaminhar soluções para o problema.


“Não precisa esperar o ano que vem. Tem que começar agora”, enfatizou Capi.

EM TEMPO: O pedido do senador Jão Capiberibe tem base Constitucional, devido a ampla repercussão nacional que a onda de execuções provocou na imprensa. Veja o que diz o artigo 144,§ 1º, I, sobre o papela da Polícia Federal no capítulo sobre Segurança Pública:  

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
       (....)
    § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se a:
        I -  apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Ibope revela que 90% não votam em candidato da base de Temer; Davi é o vice-líder do governo no Senado

Ibope revela que 90% dos brasileiros não pretendem votar em qualquer candidato ligado a partidos da base de Temer. Os dados explicam a forte rejeição ao nome do senador Davi Alcolumbre entre os amapaenses e a sua baixa aceitação como pré-candidato ao governo na base de apoio do senador Randolfe Rodrigues e  do prefeito Clécio Luis. 
Por Heverson Castro

Governante mais impopular do mundo, Michel Temer se converteu também numa âncora para qualquer candidato que defenda seu legado ou peça seu apoio na disputa presidencial de 2018. Os números enquadram perfeitamente Davi Alcolumbre no perfil dos políticos rejeitados pela maioria esmagadora dos brasileiros.

No Amapá, o senador Davi Alcolumbre (DEM), que é vice-líder de Temer no Congresso, já anunciou que deve concorrer ao governo do Amapá numa ampla aliança com partidos de centro e direita (DEM, PSDB, PP), legendas que votaram maciçamente à favor de reformas impopulares e para barrarem as investigações contra Temer na Câmara Federal.

A pesquisa do Ibope foi realizada entre 9 e 17 de dezembro nas dez maiores capitais do Brasil, com usuários de internet das classes A, B e C revela que Temer será um fardo de uma tonelada para se carregar: 90% disseram que não votariam num "candidato que defenda o governo Temer" (5% responderam que "sim").

Com base nos dados da pesquisa, o vice-líder do governo mais rejeitado da história política do país no Senado Federal, o senador Davi Alcolumbre vê sua pretensão de chegar ao palácio do Setentrião ficar além do horizonte. Tudo por conta das consequências da associação de seu nome com ataques aos direitos do servidor público e aos elevados índices de rejeição do presidente Michel Temer (PMDB).

Davi Alcolumobre tenta explicar que disputará a eleição reivindicando que sua aliança com Temer ajuda o estado do ponto de vista econômico, mas não é isso que as pesquisas de opinião, as redes sociais, a opinião pública e o povo do Amapá pensam sobre a traição contra os trabalhadores e os mais pobres quando Davi votou à favor da retirada de direitos, a PEC da Morte e a Reforma Trabalhista, que são repudiadas pelo povo em pesquisas de opinião.  

Além de partidos da base de Temer, Davi Alcolumbre deve contar com o apaio da Rede, PPL e PSOL, partidos que não conseguem explicar às suas bases o apoio que será dado por seus caciques (Randolfe, Clécio, Paulo Lemos) ao senador que é tratado no Amapá pelas centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda como um dos principais inimigos da classe trabalhadora no Amapá.

A candidatura de Davi virou fardo para aliados locais, depois do engodo da gestão do presidente Temer, com diversas medidas impopulares que acentuam desgastes impressionantes, decorrente dos congelamentos dos salários e investimentos em saúde e educação por cerca de 20 anos, a destruição e esquartejamento da Petrobras, tentativa de solapar aposentadoria pública, a efetivação da lei da terceirização para atividades meio e fim de empresas privadas e públicas, precarizando as relações do trabalho no país, entre outras perdas.

Fosse só o desgaste da confusão de seu nome com o do presidente Temer, Davi tem atuado incisivamente para ajudar o Planalto em empreitadas desgastantes e descabidas.

Como vice-líder da gestão do presidente Temer no Senado, Davi tem demonstrado alinhamento com propósitos do governo federal. Ele foi decisivo na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 55 (PEC-55/2016), que congela salários dos trabalhadores e paralisa investimentos em saúde e educação por 20 anos.

Dos três senadores do estado em Brasília, apenas Davi Alcolumbre não veio a público se solidarizar com os trabalhadores na questão da derrogação da Consolidação da Leis Trabalhistas (CLT), com aprovação lei da terceirização ampla e irrestrita do trabalho no país. Em relação à proposta pelo fim do foro privilegiado, foi um dos últimos assinar intento, talvez decorrente da pressão por ser pré-candidato ao governo do Amapá.

Além do histórico de desserviço ao país e sobretudo para o trabalhador amapaense, Davi foi um dos acusados de “golpista”, que contribuiu efetivamente para derrocada da democracia no processo fraudulento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Naquele momento afirmou em seu discurso final que estava votando pelo afastamento da mandatária por causa dos “retrocessos” que ocorria no país, todavia, depois de oito meses de gestão Temer, torna-se claro e evidente para a população, principalmente para os eleitores locais, o que de fato é retrocesso.

Se pré-candidatura sobrevier até homologação dos nomes que pretendem disputar o governo do Amapá em 2018, o senador terá encontro marcado nas urnas com aqueles que tiveram seus direitos básicos duramente atingidos, com contribuição decisiva do político amapaense mais próximo do presidente (golpista) Michel Temer (Com informações do Brasil 247 e Diário do Meio do Mundo).


terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Capi diz que não apoia Davi porque é aliado de Temer e votou contra os seus eleitores

“Eu não posso apoiar alguém que votou para prejudicar os meus eleitores. Isso eu não posso fazer... Portanto, eu descarto essa possibilidade”, disse Capiberibe ao ser questionado sobre possível apoio à Davi.
Por Heverson Castro

Na manhã desta terça-feira, 16, o senador João Capiberibe (PSB-AP), destacou os motivos que o levam a não apoiar o vice-líder do governo Temer no Senado, Davi Alcolumbre (DEM) para disputar o cargo de governador do Amapá nas eleições de 2018.

Davi Alcolumbre tem o apoio do senador Randolfe Rodrigues (Rede) e tenta formar uma ampla coalizão política, mas tem enfrentado dificuldades para decolar sua pré-candidatura. Os dois senadores passaram a ser alvos de duras críticas nas redes sociais, devido as contradições políticas apresentadas.

Um dos motivos alegados pelo senador Capiberibe foi o fato de Davi Alcolumbre ter apoiado o golpe parlamentar que derrubou Dilma Roussef (PT) do poder e que colocou de forma ilegítima Michel Temer (PMDB) no comando do país.

O senador Davi Alcolumbre se tornou vice-líder do governo Temer após o golpe de 2016 e passou a votar favorável reformas impopulares que prejudicam diretamente os mais pobres e interferem diretamente na atual crise que também afunda o Amapá no caos econômico.

Dentre as medidas apoiadas por Davi Alcolumbre, estão os votos pela aprovação da PEC do Teto dos Gastos, a votação à Reforma Trabalhista e da lei da terceirização, que prejudicam diretamente a classe trabalhadora e aprofunda a crise econômica no país.

“Eu não posso apoiar alguém que votou para prejudicar os meus eleitores. Isso eu não posso fazer... Portanto, eu descarto essa possibilidade”, disse Capiberibe ao ser questionado sobre possível apoio à chapa que vem sendo formatada pelo DEM e pela Rede.

O senador também lembrou que não é intransigente, apesar do apelo popular para que seja candidato ao governo e defendeu a renovação política durante o pleito eleitoral de 2018.

O socialista lembrou que já fez um convite à promotora Ivana Cei, que foi Procuradora Geral de Justiça entre 2011 à 2014, período marcado por um processo de enfrentamento aos desmandos e a corrupção desenfreada na Assembleia Legislativa do Amapá, que culminou com a prisão do ex-deputado Edinho Duarte e do atual deputado Moisés Souza.

“Se ela aceitar ser candidata, ela será a candidata”, disparou Capiberibe ao se referir ao convite feito á ex-PGJ.

O senador afirmou que só será candidato em caso de uma possível negativa por parte da promotora Ivana Cei, algo que pode mexer completamente no tabuleiro político das eleições majoritárias.

“Se ela não aceitar ser candidata, eu serei candidato a governador e evidentemente buscando apoio mais amplos”, finalizou Capiberibe.


Apesar do apelo popular nas redes sociais e da preferência política apontada pela opinião pública, o senador afirmou que governar o Amapá diante da grave crise no pós-governo Waldez, não será uma tarefa fácil para qualquer um que venha a se eleger.

Dos três senadores, Capiberibe foi o único do Amapá que teve projetos aprovadas no Congresso em 2017

Dos três senadores que representam o Amapá no Congresso Nacional, somente o senador João Capiberibe (PSB) teve propostas aprovadas, no ano de 2017. Uma delas foi o Projeto de Lei do Senado 325/2017, cujo objetivo é ampliar o controle social por meio da Gestão Compartilhada, usando como ferramenta aplicativo de celular como forma de aproximar o ente público do cidadão.
Ainda entra na conta, outros dois projetos apresentados pelo senador socialistas em anos anteriores, mas que foram aprovados no exercício de 2017 que são a PEC 24/2012, que cria um fundo nacional para a segurança pública e a PLS 160/2013, prever a destinação de no mínimo cinco por cento dos recursos do Fundo Partidário para promoção da participação política dos afrodescendentes. Todos ainda dependem de votação na Câmara.

Articulação
O senador Capiberibe, que é autor da Lei Complementar 131, também chamada de Lei da Transparência, sancionada pelo presidente Lula em 2009, explicou que a aprovação de projetos e sua transformação é um processo longo, e que justamente por isso, precisam de uma boa sustentação jurídica, além de articulação política.

“Após protocolar o projeto que vai criar a Gestão Compartilhada, me reuni com várias instituições como a OAB e a CNBB para mostrar a relevância da proposta e mostrei aos meus pares a importância da aprovação deste tipo de projeto. Agora a luta será travada na Câmara, onde tenho o apoio da deputada Janete que vai mostrar aos nossos deputados que a Gestão Compartilhada e os demais projetos são importantes para a coletividade”, destacou o senador.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Prisão de promotor Moisés, aliado de Bolsonaro, enfraquece palanque de Davi/Randolfe para 2018


Por Heverson Castro

Um dos palanques que estaria praticamente formado para disputar às eleições 2018 no Amapá, por meio da formatação de uma aliança branca entre a Rede, DEM, PPL, PSC, PSDB, Patriotas e PSOL, teve uma baixa na manhã desta quinta-feira, 30, com a prisão do promotor Moisés Rivaldo, pré-candidato ao Senado num provável palanque de Davi Alcolumbre ao governo e Randolfe Rodrigues ao Senado.

A prisão preventiva deflagrada pela Polícia Federal na Operação Minamata, do promotor Moisés Rivaldo (Patriotas), aliado e o único palanque de Bolsonaro no Amapá, compromete o palanque e a segunda vaga de senador na chapa que deverá ser encabeçada pelo senador Davi Alcolumbre (DEM), pré-candidato ao governo e o senador Randolfe Rodrigues (Rede), que deve disputar a reeleição para o Senado.

O acordo visando às eleições de 2018, teria sido feito durante o segundo turno das eleições de 2016, quando o promotor Moisés Rivaldo, que foi candidato ao cargo de prefeito da capital, fechou apoio à reeleição do prefeito Clécio Luis (Rede). O acordo teve as bênçãos dos senadores Randolfe Rodrigues e Davi Alcolumbre.

No acordo chancelado em outubro de 2016, ficou decidido que o promotor Moisés passaria ocupar o cargo de secretário Municipal de Educação para melhorar sua projeção e visibilidade política, comandando a pasta com o maior orçamento da Prefeitura Municipal de Macapá.
Reproduçao da campanha nas redes sociais de apoiadores de Bolsonaro e promotor Moisés
A estratégia de Randolfe Rodrigues, que não sofre críticas nas redes dos bolsominions amapaenses, contaria com a simpatia dos editores da página "Me Solta Amapá", que são os principais articuladores da campanha de Bolsonaro nas redes sociais do Amapá, e teria como objetivo capitalizar o voto de segunda opção dos eleitores conservadores e de extrema direita de Bolsonaro e promotor Moisés, já que uma grande parcela dos eleitores por conta da grave crise política no país, não conseguem perceber as divergências nos discursos diametralmente opostos entre esquerda e direita.

Por um lado, a estratégia do discurso do senso comum de Randolfe Rodrigues, seria uma tentativa de repetir o feito das eleições de 2010, quando se consagrou o senador mais votado, arrematando os votos dos eleitores de esquerda, bem como os votos dos eleitores conservadores de direita, confundindo o eleitorado amapaense que historicamente fica polarizado entre o PSB dos Capiberibe e o PDT de Waldez Góes.

Por outro lado, a salada partidária que vai da esquerda radical com o PSOL, passando pelo centro com a Rede, a direita com o DEM de Davi e a extrema direita do Promotor Moisés e Bolsonaro; teria como objetivo isolar setores da esquerda amapaense e o PSB dos Capiberibe, que é o principal partido de oposição ao governo do PDT, tendo como objetivo fortalecer o palanque de Davi Alcolumbre ao governo em 2018 como se fosse a única a alternativa eleitoral ao atual governo de desmandos de Waldez Góes.

Davi Alcolumbre, apesar de ser o vice-líder do governo Temer no Senado e votar/apoiar reformas que retiram direitos dos trabalhadores (Reforma Trabalhista e da Previdência) e da população mais pobre, tem recebido o apoio incondicional do senador Randolfe Rodrigues, na empreitada do oligarca do DEM para disputar o governo do Amapá nas eleições de 2018.

Será que os eleitores amapaenses aprovarão essa salada mista partidária que só visa projetos pessoais e o jogo de conveniência pelo poder? Colocando em último plano de prioridades os interesses da classe trabalhadora e do povo do  Amapá nas eleições de 2018?

Lauro Jardim: "PF prende aliado de Bolsonaro no Amapá"

O promotor Moisés Rivaldo, aliado de Jair Bolsonaro no Amapá, foi preso preventivamente na manhã de hoje pela PF na Operação Minamata.
Os alvos dos mandados são investigados pela exploração ilegal de ouro, com uso de mão de obra análoga à escravidão.
Moisés Rivaldo é o pré-candidato de Bolsonaro ao Senado. Já foi promotor de Justiça e hoje é secretário de Educação no estado.
Da coluna do Lauro Jardim/O Globo http://blogs.oglobo.globo.com/lauro-jardim/post/pf-prende-aliado-de-bolsonaro-no-amapa.html

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Sinsepeap paralisa profissionais da educação pelo segundo dia consecutivo contra ataques de Clécio Luís

A ameaça de retirar direitos veio à tona, após a informação de que o Ministério Público Estadual assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) e a Câmara Municipal de Macapá.
Os trabalhadores da Educação cruzaram os braços nesta terça-feira, 28, no segundo dia de paralisação em protesto aos ataques promovidos pelo governo Clécio Luís e contra a ameaça de mudanças no Regime Jurídico dos Servidores Municipais e no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCR) dos profissionais da Educação de Macapá.

Por Heverson Castro

A ameaça de ataques aos direitos dos servidores municipais atinge todas as categorias, sobretudo os professores, pedagogos e auxiliares educacionais (merendeiras, serventes, auxiliares de disciplina, auxiliar de portaria, etc.), devido ao não atendimento dos direitos já conquistados e da ameaça de retirar direitos por meio da alteração da atual legislação municipal.

A ameaça de retirar direitos veio à tona, após a informação de que o Ministério Público Estadual assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) e a Câmara Municipal para a realização de concurso público na área da Educação, que seria organizado com mudanças do atual regime jurídico, ferindo os atuais direitos conquistados pelos servidores durante as mobilizações e greves ao longo da história do município.

O servidores municipais e principalmente os profissionais da educação denunciam a falta de compromisso da atual gestão do prefeito Clécio Luís (Rede), que não vem cumprindo a Lei do Piso Nacional da Educação, além das leis municipais, tais como a Lei nº 014/2000-PMM (Estatuto dos Servidores Municipais) e a Lei Nº 065/2009-PMM, que instituiu o PCCR dos servidores municipais e concede direito às progressões, promoções, adicional de nível superior, interiorização, dentre outras gratificações.

Além disso, o Sindicatos dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), denuncia a falta de compromisso do prefeito Clécio Luís em cumprir a data-base dos servidores com salários congelados e as perdas inflacionárias que ultrapassam mais de 40% nos últimos anos.
Iaci Ramalho, presidente da Executiva Municipal do Sinsepeap
“Esse conjunto de ataques do governo Clécio Luís aos trabalhadores, demonstra claramente a falta de valorização efetiva dos servidores públicos municipais, bem como ameaça à qualidade na prestação dos serviços públicos, sobretudo da Educação ao povo de Macapá”, afirma o professor Iaci Ramalho, presidente da Executiva Municipal do Sinsepeap.

Iaci Ramalho também denuncia a falta de investimentos em Educação na gestão de Clécio Luís Macapá que afetam diretamente a qualidade na rede pública de ensino. O sindicalista lembra da necessidade de construção de novas creches, já que Macapá, segundo dados do IBGE, possui quase 30 mil crianças precisando de creches e sem atendimento.

A professora Kátia Cilene, presidente da Executiva Estadual do Sinsepap, também denuncia o sucateamento da rede física das escolas municipais com salas de aulas queimadas, rede elétrica obsoleta, escolas com teto caindo e prédios públicos abandonados pela atual gestão, que só pioram os índices que monitoram a qualidade da educação em Macapá.
Katia Cilene critica gestão Clécio Luis 

“Estamos vendo a falta de qualidade na educação municipal com o aumento da evasão escolar, a falta de merenda de qualidade, a ausência de segurança com a demissão de vigilantes, escolas improvisadas e a falta de escolas em número suficiente para suprir a demanda na rede municipal”, denuncia Kátia Cilene.

A luta dos servidores municipais denuncia o assédio moral e a intransigência política do secretário de Educação de Macapá, promotor Moisés Rivaldo, que na semana passada chegou a comparar os professores com coronéis, que seriam bem remunerados e não deveriam reclamar das atuais condições salariais.

Iaci Ramallho lembra que o promotor Moisés representa os interesses da educação privada dentro da Prefeitura de Macapá e por isso adota a postura ofensiva contra os professores.

“É lamentável o posicionamento da gestão Clécio Luis por meio das declarações infelizes do secretário de educação de Macapá, promotor Moisés, que não tem sensibilidade para com os problemas da educação pública, pois enxerga a educação como mercadoria e os trabalhadores da educação apenas como mão de obra a ser explorada pelos patrões”, finaliza o presidente da Executiva Municipal, Iaci Ramalho.

O segundo dia de paralisação em frente ao prédio da Prefeitura de Macapá teve a adesão do Sindicato dos Servidores Municipais (SSMM) e conta com o apoio da Centrais Sindicais (CUT, CTB e CSP-Conlutas) que também são contra as ataques promovidos pelo prefeito Clécio Luís.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Deputada Janete Capiberibe apresenta projeto para anular decreto que libera RENCA para mineração

Deputada Janete Capibe e deputado Edmilson apresentaram projeto para anular Decreto de Temer
Sizan Luis Esberci
De Brasília

A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) apresentou hoje, 29, o projeto de decreto legislativo – PDC – 751 para anular o decreto 9.147/2017, publicado pelo presidente Michel Temer para extinguir a Reserva Nacional do Cobre e seus Associados – RENCA, em terras dos estados do Amapá e do Pará. 

Os deputados Edmilson, Chico Alencar e Ivan Valente são coautores da proposta. No mesmo decreto, Temer anulou o decreto 9.142/2017, da terça, 22, que gerou uma onda de protestos mundo afora, e publicou o novo, com teor idêntico e o mesmo objetivo. “As mudanças entre um e outro são só para enganar”, alerta Janete. “Para acabar com a mineração ilegal, como o decreto alega, o poder público deve fiscalizar, não abrir para a mineração privada. Isso só vai agravar o problema”, completa.

A extinção da RENCA já recebeu manifestações de protesto de institutos ambientais, movimentos sociais, populações locais, parlamentares e das Igrejas Católicas do Canadá e do Amapá, que publicou nota no final de semana.

Pelo decreto, o presidente Michel Temer abre para a mineração privada 4,7 milhões de hectares onde ficam nove áreas protegidas e terras indígenas: o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, as Florestas Estaduais do Paru e do Amapá, a Reserva Biológica de Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras Indígenas Waiãpi e Rio Paru d`Este. Nas TIs vivem os povos Waiãpi (APA), Apalaí e Waiana (PA). Até então, só o poder público poderia minerar na área. A reserva foi criada em 1984.

“Extinguir a reserva cria uma enorme insegurança para os povos indígenas e comunidades extrativistas que ocupam áreas da RENCA. Isso vai aumentar os crimes ambientais, gerar impactos sociais negativos e agravar os conflitos por terras no Amapá”, preocupa-se a deputada Janete.
Senador Capi e deputada Janete reuniram-se com o secretário da biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente
Biodiversidade – Pela manhã, o senador João Capiberibe (PSB/AP) e a deputada Janete foram à Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, onde se reuniram com o secretário José Pedro de Oliveira Costa. O secretário confessou estar surpreso com o novo decreto. Capi e Janete foram enfáticos ao expressar a preocupação com a extinção da RENCA, bem como com outros riscos de crimes ambientais, como a exploração de petróleo sobre a reserva de corais recém-descoberta na costa do Amapá e o fim da pororoca pela criação de búfalos e a construção de hidrelétricas no Rio Araguari.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Senador Capiberibe repudia decreto de Temer que extingue a Reserva Nacional do Cobre e Associados

João Capiberibe repudiou decreto da Presidência da República que extingue a Reserva Nacional do Cobre e Associados
Sobre o decreto assinado pelo Presidente da República, Michel Temer, que extingue a Reserva Nacional do Cobre e Associados, que tem dois terços do seu território, no sul e sudeste do Amapá e noroeste do Pará, o senador Capiberibe se manifestou no Plenário do Senado nesta quarta-feira (23).

“Essa revogação é um desatino. Nessa área existem nove reservas: a Reserva do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, com 3,8 milhões de hectares; a Reserva Florestal do Amapá e do Paru; a Reserva Biológica de Maicuru; a Estação Ecológica do Jari; a Reserva Extrativista Rio Cajari; a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru; as Terras Indígenas Waiãpi; e a Terra Indígena Rio Paru d´Este. A mineração nessa região vai provocar um desastre ecológico, no Amapá não queremos isso”, afirmou Capiberibe.

O senador destacou que esse se trata do mais grave crime contra a Floresta Amazônica, desde 1970, ou melhor, desde a construção da Transamazônica. “Essa decisão foi tomada sem diálogo nenhum com as comunidades tradicionais da Região Amazônica, com as populações indígenas, rasgando a floresta, não se tem um crime de igual grandeza”.

“Nós temos uma experiência amarga com mineração no Amapá, porque a mineração se instala e, pouco tempo depois, se desinstala e deixa um rastro de destruição ambiental e social, porque as pessoas não têm o que fazer depois da exploração mineral. Lembro aqui a empresa Jari Florestal, a Jari Celulose, a Jari Mineração, que se instalaram no Amapá nos anos 60 e que arrastaram para o coração da floresta 100 mil pessoas. E hoje nós temos uma das cidades mais precárias do nosso Estado, que é Laranjal do Jari, em função da exploração mineral, em função desses projetos insensatos criados pelo Governo Federal”, acrescentou Capiberibe.


O parlamentar finalizou dizendo que “a atitude do Presidente Temer é de uma insensatez. Ele ignora completamente a existência de milhares de pessoas, de indígenas que vivem ali, de populações que vivem naquela área. Está sendo apresentado um projeto para revogar esse decreto. Espero que a Casa, com sensatez, tome essa decisão”.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Lei da Mordaça: CNTE repudia PL do vereador Genival Oliveira que censura professores de Santana

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação lançou moção repudiando propositura do vereador de Santana 

Moção de repúdio ao vereador Genival Oliveira (PMB), de Santana/AP, por ofensa à liberdade no âmbito escolar

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entidade representativa de mais de 4 milhões de trabalhadores das escolas públicas brasileiras, vem a público REPUDIAR a proposição apresentada pelo vereador Genival Oliveira (PMB), no âmbito da Câmara Municipal de Santana/AP, que tenta vedar a liberdade de expressão nas escolas do município com o projeto de Escola Sem Partido ou, como ficou conhecido no Brasil todo, a Lei da Mordaça.
Esse projeto ia ser votado no dia de hoje (22/08/17) mas não obteve êxito em sua tramitação porque a ele foi feito um pedido de vistas. Essa proposição se constitui a primeira desse tipo no Estado do Amapá, que assalta princípios constitucionais, como os da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e a gestão democrática da educação.
E esse projeto foi apresentado pelo referido vereador de forma inadvertida, na medida em que o STF, em recente decisão ao apreciar caso similar no Estado de Alagoas, suspendeu a sua aplicação. Trata-se de uma iniciativa calcada no retrocesso sócio educacional e cultural que, em boa hora, a corte máxima do judiciário brasileiro impediu sua propagação. E é inadmissível que o vereador, opondo-se claramente à decisão do STF, volte a promover a lei suspensa pelo Supremo Tribunal, ao apresentar proposição legislativa com o mesmo teor.
Os/as educadores/as brasileiros/as estão atentos a essa aberração chamada de Escola Sem Partido, em qualquer lugar que ele seja proposto, e a CNTE coloca-se à disposição dos trabalhadores em educação do município para qualquer enfrentamento jurídico que, por ventura, sejamos obrigados a empreender.
Brasília, 22 de agosto de 2017

Direção Executiva da CNTE

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Ex-ministro Gilberto Carvalho participa de evento da CUT nesta sexta-feira em Macapá

O ex-chefe de Gabinete dos governos Lula e ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da República no governo Dilma, Gilberto Carvalho (PT), visita Macapá nesta sexta-feira, 18, onde participa de uma plenária com o movimento sindical, organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-AP). 

A Plenária Sindical ampliada da CUT com a presença do ex-ministro Gilberto Carvalho, acontece num momento crucial de debate nacional sobre a conjuntura de ataques aos direitos da classe trabalhadora por meio das reformas trabalhista e previdenciária que estão em curso pelo governo Temer. 

O evento é aberto aos movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda que integram a Frente Brasil Popular e deve contar com a participação de dirigentes e militantes do PT amapaense.

Gilberto Carvalho tem uma biografia bastante peculiar. Na infância e na adolescência passou por três seminários – no primeiro entrou com 11 anos. Mais tarde, já formado em filosofia na Universidade Federal do Paraná, estudaria no Studium Theologicum de Curitiba, curso que não chegou a concluir. Também cursou alguns anos de teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e fez especialização em gerenciamento público, em instituições de Venezuela, México e Espanha.
Gilberto Carvalho foi ministro de Lula e um dos homens e confiança nos governos petistas
Em mais de 30 anos de convivência, iniciada na greve dos metalúrgicos do ABC em 1980, Gilberto Carvalho, estabeleceu uma relação de confiança com Lula, que vai muito além dos pronomes de tratamento. Carvalho é um dos companheiros históricos e colaboradores mais próximos do ex-presidente e fundador do PT e da CUT.

Aos 24 anos, decidiu morar em uma favela da cidade para dar assistência à população pobre do local. Mais tarde, trabalhou em uma indústria de plásticos na capital paranaense e em uma metalúrgica em São Paulo. Estava no caldeirão na hora em que o fogo foi aceso. Entrou para o movimento sindical e participou da fundação do PT. Ao longo da década de 80, manteve um pé na Igreja Católica – integrou as Comunidades Eclesiais de Base e a Pastoral Operária – e outro na política – foi candidato, derrotado, a deputado federal constituinte em 1986. 

Desde a era Lula, Carvalho notabilizou-se por algumas missões estratégicas nos governos do PT. Seja em períodos de campanha eleitoral ou na travessia dos mandatos, foi o principal interlocutor dos governos petistas com a Igreja Católica e, por atração gravitacional, demais segmentos religiosos e movimentos sociais. Durante a visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro, Carvalho passou uma semana na cidade. Foi a face do Planalto junto à Jornada Mundial da Juventude. 

A palestra de Gilberto Carvalho sobre a Conjuntura Política Nacional será realizada das 9hs às 12hs na sede do Sindicato dos Urbanitários (Stiuap), situado na Rua Rio Macacoari, nº 16, no bairro Santa Inês.

Operação Mãos Limpas: STJ arquiva denúncia contra o governador Waldez Góes

Quase 7 anos depois da deflagração da Operação Mãos Limpas, STJ arquivou por unanimidade denuncia contra Waldez Góes (PDT), sendo que o primeiro voto foi do ministro João Otávio de Noronha, acompanhando a relatora ministra Nancy Andrigh.

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou por unanimidade nesta quarta-feira, 16, denúncia contra o governador do Amapá, Waldez Góes, no âmbito da Operação Mãos Limpas realizada em 2010. Na única denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), havia a alegação de que Waldez Góes teria utilizado de forma irregular um veículo que faria parte da frota da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) na campanha eleitoral de 2010, quando Góes foi candidato ao Senado Federal.

Na ação penal, o MPF sustentava que Waldez teria influenciado a contratação de uma empresa de locação de veículos na Sejusp em 2009 para ser beneficiado em 2010, durante a campanha para o Senado.

A ministra Nancy Andrighi, relatora do processo, firmou o entendimento que como a empresa teve o contrato renovado depois que Waldez Góes nem era mais o governador do Estado, a denúncia era inepta. A defesa provou que o veículo, uma picape, havia sido adquirido em julho de 2010 e não fazia parte da frota alugada para a Sejusp.

A denúncia foi rejeitada com dispensa até da sustentação oral da defesa, já que a ministra se disse convicta de que a denúncia não apresentava nenhum fundamento plausível para ser aceita, apesar de o MPF ter feito a sustentação em plenário.

A ministra também levou em consideração que a legislação eleitoral da época permitia que Pessoa Jurídica pudesse doar ou disponibilizar bens para serem usados em campanhas eleitorais. No caso específico da denúncia, o  veículo utilizado foi alugado diretamente para a campanha e o valor do aluguel foi devidamente contabilizado na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral.

O governador do Amapá Waldez Góes recebeu a notícia da decisão unânime da Corte Especial do STJ que julgou improcedente a acusação do MPF no município de Ferreira Gomes (130 quilômetros da capital) onde cumpria agenda de trabalho. “Enfim a Justiça prevaleceu e dela própria vem a certeza daquilo que eu sempre disse: nada ou ninguém é capaz de macular uma consciência tranquila".

Com tranquilidade, Góes lembrou que a primeira absolvição foi lhe conferida pelo povo amapaense ao lhe conceder o terceiro mandato de governador, e que desde 2010 aguarda o momento de provar sua inocência. “Eu agradeço ao bom Deus por me dar a oportunidade de continuar o trabalho em favor do nosso Amapá e de nosso povo, sem temer as acusações, pois é com trabalho e dignidade que provamos nossa disposição e nosso compromisso com os amapaenses”.

Góes reiterou irrestrita confiança na Justiça brasileira: “Nunca cometi qualquer ato que possa desonrar a memória de meus pais, o amor de minha esposa e de meus filhos e muito menos pedi ou busquei vantagem indevida contra o Estado que pela terceira vez governo. Minha história de vida, minhas lutas e meu ideal de vida me credenciaram a vida pública e mesmo diante de tantas tentativas de lançar nódoa sobre meu nome, Deus faz Justiça na hora certa e o trabalho continua com o mesmo compromisso de avançar cuidando do desenvolvimento do nosso estado e da nossa gente’.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Presidente da CMS Helena Lima avalia governo Sadala: “Todos sabem que não está nota 10”

Helena Lima rompeu o silêncio e criticou publicamente o prefeito Ofirney Sadala por erros na gestão, rechaçou o corte no duodécimo por parte do Executivo e saiu em defesa da ex-secretária  Francinete Lobato, condenando a sua exoneração precoce na Educação.
Por Heverson  Castro

Acompanhada dos vereadores Rarison Santiago e Francisco do Carmo Griti, colegas de bancada do Partido Republicano Progressista (PRP), a vereadora professora Helena Lima, presidente da Câmara Municipal de Santana (CMS), concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Santana em Debate da 105.9 FM no final da tarde desta segunda-feira, 07, rompendo o silêncio sobre as questões políticas do parlamento e a relação conturbada com o prefeito Ofirney Sadala (PHS).

A presidente da CMS esclareceu as diversas dúvidas sobre a legalidade da antecipação da eleição da Mesa Diretora para o biênio 2019-2020, ressaltando que a nova composição terá a participação da oposição, fortalecendo o poder legislativo, dando mais autonomia e independência frente ao Executivo Municipal.

O pacto com a bancada de oposição, que passa a contar com 4 integrantes na Casa, deve ocupar a vice-presidência com Coló (PSL) e a segunda secretaria com Robson Coutinho (PR). O pacto rachou a base aliada de Sadala e parte dos vereadores que fazem parte da atual Mesa Diretora até dezembro 2018.

Helena Lima lembrou que a eleição só foi antecipada por conta do movimento de um grupo dissidente de 6 vereadores, que teria tentado articular o seu afastamento nos bastidores e que tentam prejudicar a sua gestão e o andamento dos trabalhos na Casa.

Críticas ao governo Sadala

A vereadora Helena Lima afirmou que o governo de Ofirney Sadala (PHS) precisa corrigir os rumos da sua gestão e aprender com os erros cometidos no primeiro semestre de 2017, lembrando que existe um descontentamento de parte da população que ainda espera respostas do prefeito de Santana sobre as promessas feitas durante a campanha eleitoral.

Helena Lima, respondeu aos questionamentos sobre a Educação Municipal e avaliou como negativa a saída da ex-secretária Francinete Lobato, o que acabou prejudicando o planejamento do retorno das aulas na rede municipal após o período de férias no mês de julho.

Helena criticou prefeito Ofirney por troca na Seme
 “Eu como vereadora, professora que sou, vejo que falta muito e ainda está longe de realmente acertar e ter um direcionamento no governo. A gente ver que ainda tem muitas falhas, mas o que a gente observa por ter acesso, está participando de reuniões e indo questionar e fiscalizar em busca das coisas que estão acontecendo, é que a equipe [de governo] trabalha incansavelmente e que tem todo interesse de acertar, mas tem alguns entraves que ainda não conseguiram acertar”, disse a vereadora Helena Lima.

Além de criticar a mudança precoce na Secretara Municipal de Educação (Seme), Helena declarou que como professora, defenderia a permanência da ex-secretária Francinete Lobato, exonerada há duas semanas da pasta, após entregar o cargo por divergências políticas de rumos na pasta e por supostas interferências partidárias e ingerência política do grupo do deputado estadual Jory Oeiras (PRB), aliado do prefeito Ofirney Sadala, que seria o dono do feudo na Educação.

“A Secretaria de Educação é uma das secretarias que você tem prazo para tudo. Uma mudança de gestão traz transtornos e problemas. Essa questão do atraso das aulas é exatamente por conta da mudança de gestão. Isso era inevitável por conta disso, ” criticou a parlamentar.

Sem nota 10

Ao ser provocada para avaliar o desempenho do prefeito Ofirney Sadala à frente da gestão e se ele estaria sendo um bom aluno nos 7 meses de governo, a presidente da Câmara Municipal não titubeou.

“Fica difícil hoje para dar uma nota para o prefeito e dizer o prefeito é nota 10, porque todo mundo sabe que não está nota 10.  A gente espera que chegue a essa nota...a gente ver que ele tenta acertar”, disparou a presidente Helena Lima na primeira avaliação pública como aliada dos primeiros meses da gestão Ofirney Sadala.
Vitoriosa: Decisão de antecipar eleição para o biênio 2019-2020 não agradou os vereadores Fabiano Leandro e Kátia Lima 
Tapetão
A presidente Helena Lima lembrou que a sua reeleição antecipada tem toda a legitimidade do plenário soberano da Câmara, pois contou com o apoio da maioria dos edis e seguiu à risca o Regimento Interno da Câmara e que essa prática já é corriqueira em outros legislativos e foi realizada no passado em outras legislaturas. 

Além do seu voto, Helena Lima obteve mais 8 votos dos seguintes vereadores durante a votação: Anderson Almeida (DEM), Angelo Santos (PCdoB), Coló (PSL), Griti (PRP), Marco Aurélio (PSD), Robson Coutinho (PR), Socorro Nogueira (PT) e Rarison Santiago (PRP).

Os 9 vereadores que apoiaram a reeleição antecipada travam uma batalha política pelo poder dentro da CMS contra outro grupo de 6 vereadores, que chegaram a impetrar com um mandado de segurança para tentar anular a eleição.

Mas ainda nesta segunda-feira, a juíza Eliane Pingarillo decidiu não acatar o pedido de liminar protocolado por um grupo de 5 vereadores: Josivaldo Abrantes (PDT), Katiane Lima (PTN), Jailson Matos (PR), Fabiano Leandro (PR) e Vicente Marques (PSDC), não interferindo por ora no embate político que promete estremecer as relações dentro do poder legislativo e com a base de Ofirney Sadala na Câmara que recorreu ao tapetão.